A Seguradora Líder, que administra o DPVAT, lançou um relatório especial para marcar a Semana Nacional de Trânsito e mostra um dado assustador.
Em 10 anos, foram mais de 485 mil indenizações por mortes no trânsito em todo o Brasil. Para dar uma ideia de comparação, a Guerra da Síria deixou mais de 360 mil mortes desde 2011, quando foi iniciada.
Ou seja, de acordo com o Relatório, o trânsito brasileiro gera mais mortos do que uma guerra civil.
Perfil das vítimas
Ainda conforme o Estudo, de 2009 para 2018, observa-se que houve uma queda de 50% nas mortes causadas por automóveis – enquanto isso, as motocicletas registraram um aumento de 12% e, em 2018, é o principal ofensor dentre as categorias de veículo.
As motocicletas e os ciclomotores são os que possuem o maior índice de morte de motoristas: 75% e 85%, respectivamente. Os pedestres correspondem por 70% para os ônibus, micro-ônibus e vans – o que indica que atropelamentos com morte são a maior parte dos acidentes com vítimas nesta categoria.
A faixa etária com maior número de indenizações pagas por morte é a de 45 a 64 anos, com 25%, enquanto de 0 até 7 anos respondem por menos de 1,8%. Observa-se que aproximadamente 39% das vítimas fatais estavam com idades entre 18 e 34 anos – parte integrante da população economicamente ativa.
Visão Geral
O Relatório mostra, também, que de todos os estados brasileiros, nos últimos 10 anos, somente os estados das regiões Norte e Nordeste tiveram aumento na quantidade de indenizações por mortes em acidente de trânsito.
O Maranhão foi o estado com aumento de 46%, seguido pelo Piauí, com 42%, exceto pelo Acre, que teve a maior queda dentre todas as UF’s (2018 teve 95% menos mortes em relação a 2009).
Já os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul reduziram pela metade as mortes entre 2009 e 2018.
Década de Ações
Em maio de 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou a Década de Ação pela Segurança no Trânsito, na qual governos de todo o mundo se comprometeram a adotar medidas para reduzir as mortes no trânsito pela metade.
O Relatório conclui que os números do Seguro DPVAT mostram os avanços, mas dezenas de milhares de vidas ainda são perdidas todos os anos nas ruas e estradas brasileiras.