Curitiba é uma das cidades escolhidas pelo governo federal para testar a utilização de “drogômetros” em blitze de trânsito. O projeto-piloto ainda depende de testes dos equipamentos – similares aos “bafômetros” – mas que detectam a utilização de substâncias ilícitas, como maconha, crack, cocaína e ecstasy no organismo do motorista.
O anúncio foi feito, na última segunda-feira (24/6), pelo secretário nacional de Políticas Sobre Drogas, Luiz Roberto Beggiora, durante a abertura da Semana Municipal de Prevenção ao Uso de Drogas, no Salão de Atos do Parque Barigui, na capital do Paraná.
De acordo com Beggiora, já houve testes em Porto Alegre e o Ministério da Justiça tem uma comissão para tratar do tema. Além das capitais paranaense e gaúcha, o equipamento deverá ser testado em outras três cidades a serem definidas pela secretaria nacional.
“Temos como meta o prazo de aproximadamente um ano para implantação”, afirmou o secretário nacional de Políticas Sobre Drogas.
Com o aparelho, em poucos segundos é possível detectar se o motorista ingeriu alguma substância psicoativa, conforme explica o secretário municipal da Defesa Social e Trânsito. “O teste será feito a partir de um apenas 1ml da saliva do condutor”, explica Guilherme Rangel.
A proibição de uso de drogas ilícitas por condutores é prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). “A lei seca diz respeito ao uso dessas substâncias também, não apenas de álcool”, pontua Rangel.
Ciclo de palestras
A novidade sobre os drogômetros compôs palestra de Beggiora sobre a nova política nacional sobre drogas. Além dele, o ciclo de palestras “Drogas: desafios da contemporaneidade” teve a participação de Rangel, que falou sobre redução da oferta de drogas.
A coordenadora de saúde mental da Secretaria Municipal de Saúde, Flávia Adachi, discorreu sobre formas, possibilidades e desafios no tratamento de dependentes químicos. O tema prevenção foi foco da palestra da gerente de prevenção do DPSD, Grace Puchetti.